GUIAS DE APRENDIZAGEM 1º ANO
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sexta-feira, 6 de março de 2020
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
(3ª Série) Sobre a Gramática
A Gramática tem como finalidade
orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de
fala baseado em diversos critérios, tais como:
- Exemplo de bons escritores;
- Lógica;
- Tradição;
- Bom senso.
Em se tratando de Gramática, tem-se
como matéria-prima um sistema de normas, o qual dá estrutura à língua. Tais
normas definem a língua padrão, também chamada língua culta ou norma culta.
Assim, para falar e escrever corretamente, é preciso estudar a Gramática. Por ser um organismo vivo, a língua
está sempre evoluindo, o que muitas vezes resulta num distanciamento entre o
que se usa efetivamente e o que fixam as normas. Isso não justifica, porém, o
descaso com a Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta, a qual deve
ser conhecida e aplicada por todos.
Quem desconhece a norma culta acaba
tendo acesso limitado às obras literárias, artigos de jornal, discursos
políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a todo um patrimônio cultural
acumulado durante séculos pela humanidade.
Tipos de Gramática
1. Gramática
Normativa
É aquela que busca a padronização da
língua, estabelecendo as normas do falar e escrever corretamente. Costuma ser
utilizada em sala de aula e em livros didáticos. É também o tipo adotado
no Só Português.
2. Gramática
Descritiva
Ocupa-se da descrição dos fatos da
língua, com o objetivo de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou
errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.
3. Gramática
Histórica
Estuda a origem e a evolução histórica
de uma língua.
4. Gramática
Comparativa
Dedica-se ao estudo comparado de uma
família de línguas. O Português, por exemplo, faz parte da Gramática
Comparativa das línguas românicas.
Divisão da Gramática
Sabe-se que a língua é um sistema
tríplice: compreende um sistema de formas (mórfico), um sistema de frases
(sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essa razão, a Gramática
tradicionalmente divide-se em:
Morfologia - abrange o
sistema mórfico.
Sintaxe - enfoca o
sistema sintático.
Fonologia/Fonética - focaliza o
sistema fônico.
Observação:
Alguns gramáticos incluem nessa visão uma quarta parte, a Semântica, que se ocupa dos significados dos componentes de uma língua.
Agora é a sua vez!
Sobre o poema “Pronominais”, Oswald de Andrade Responda:
01- Qual é a principal crítica apresentada pelo autor?
02- O poeta faz uma oposição entre o que “Diz a gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido” e o que “o bom negro e o bom branco / Da Nação Brasileira / Dizem todos os dias”. Linguisticamente, o que ele quer mostrar?
01- Qual é a principal crítica apresentada pelo autor?
02- O poeta faz uma oposição entre o que “Diz a gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido” e o que “o bom negro e o bom branco / Da Nação Brasileira / Dizem todos os dias”. Linguisticamente, o que ele quer mostrar?
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
(1ª série) Tema: É correto os pais baterem em seus filhos?
Olá, pessoal!
Como prometi, aqui está o espaço para que vocês possam postarem seus textos. Quem puder postar hoje ainda, poste, pois amanhã mesmo farei a correção. Não esqueça de colocar seu nome e a turma.
EXEMPLO:
Nilson Rutizat, 1º A de Energia.
E depois você escreve o texto.
Como prometi, aqui está o espaço para que vocês possam postarem seus textos. Quem puder postar hoje ainda, poste, pois amanhã mesmo farei a correção. Não esqueça de colocar seu nome e a turma.
EXEMPLO:
Nilson Rutizat, 1º A de Energia.
E depois você escreve o texto.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
(2ª série) Romantismo - Nasce o romance; contexto histórico.
O Romantismo foi um movimento artístico que surgiu na Europa no século XVIII e durou até meados do século XIX. Ele influenciou a literatura, a pintura, a música e a arquitetura. Oposto ao classicismo, racionalismo e Iluminismo, esse movimento chegou ao Brasil em finais do século XVIII.
Contexto Histórico
Como escola literária, as bases do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo suicídio foram estabelecidas pelo romance "Os sofrimentos do jovem Werther", de Goethe, publicado na Alemanha em 1774.
Na Inglaterra, o Romantismo se manifesta nos primeiros anos do século XIX, com destaque para a poesia ultra-romântica de Lord Byron e para o romance histórico Ivanhoé, de Walter Scott.
Também figuram entre as primeiras obras do início da revolução romântica na Europa os livros Manon Lescut, do árabe Prévost (1731), e a História de Tom Joses, de Henry Fielding (1749).
O romance, contudo, já era utilizado no Império Romano, cuja palavra romano era aplicada para designar as línguas usadas pelos povos sob o seu domínio. Tais idiomas eram, na verdade, uma forma popular do latim.
As composições de cunho popular e folclórico escritas em latim vulgar, em prosa ou em verso e que relatavam fantasias e aventuras, também eram chamadas de romance.
E foi no século XVIII, que tomou o sentido atual, após passar pelas formas de "romance de cavalaria, romance sentimental, romance pastoral", na Europa. O romance pode ser considerado o sucessor da epopeia.
Principais Características
Na literatura, as principais características do romantismo são:
Oposição ao modelo clássico;
Estrutura do texto em prosa, longo;
Desenvolvimento de um núcleo central;
Narrativa ampla refletindo uma sequência de tempo;
O indivíduo passa a ser o centro das atenções;
Surgimento de um público consumidor (folhetim);
Uso de versos livres e versos brancos;
Exaltação do nacionalismo, da natureza e da pátria;
Idealização da sociedade, do amor e da mulher;
Criação de um herói nacional;
Sentimentalismo e supervalorização das emoções pessoais;
Subjetivismo e egocentrismo;
Saudades da infância;
Fuga da realidade.
Oposição ao Clássico
No início, todos os movimentos em oposição ao clássico eram considerados românticos. Dessa maneira, os modelos da Antiguidade Clássica foram substituídos pelos da Idade Média quando surgiu a burguesia.
A arte, que antes era de caráter nobre e erudita, passa a valorizar o folclórico e o nacional. Ela extrapola as barreiras impostas pela Corte e começa a ganhar a atenção do povo.
A arte romântica, ao romper as muralhas da Corte e ganhar as ruas, liberta-se das exigências dos nobres que pagavam sua produção e passa a ter um público anônimo. É o surgimento do público consumidor, impulsionado no Brasil pelo folhetim, uma literatura mais acessível.
Na prosa, o aspecto formal do Classicismo é deixado de lado. O mesmo ocorre com a poesia, com os versos livres, sem métrica e sem estrofação. A poesia também é caracterizada pelo verso branco, sem rima.
Nacionalismo
Os românticos pregam o nacionalismo, incentivam a exaltação da natureza pátria, o retorno ao passado histórico e na criação do herói nacional.
Na literatura europeia, os heróis nacionais são belos e valentes cavaleiros medievais. Na brasileira são os índios, igualmente belos, valentes e civilizados.
A natureza também é exaltada no Romantismo. Está é vista como uma extensão da pátria ou refúgio à vida agitada dos centros urbanos do século XIX. A exaltação à natureza ganha contornos de prolongamento do escritor e de seu estado emocional.
Sentimentalismo Romântico
Entre as marcas principais do Romantismo estão o sentimentalismo, a supervalorização das emoções pessoais, o subjetivismo e egocentrismo. É dessa maneira que os poetas se colocavam como o centro do universo.
Dentro de um universo particular, o poeta sente a derrota do ego, produz frustração e tédio. São características do movimento romântico: as fugas da realidade por meio do abuso de álcool e ópio, a idealização da mulher, da sociedade e do amor bem como a saudade da infância e a busca constante por casas de prostituição.
(1ª Série) Denotação e Conotação
ESCUTE O PODCAST DE DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido literal, dicionarizado. A conotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido figurado.
A linguagem é o maior instrumento de interação entre sujeitos socialmente organizados. Isso porque ela possibilita a troca de ideias, a circulação de saberes e faz intermediação entre todas as formas de relação humanas. Quando queremos nos expressar verbalmente, seja de maneira oral (fala), seja na forma escrita, recorremos às palavras, expressões e enunciados de uma língua, os quais atuam em dois planos de sentido distintos: o denotativo, que é o sentido literal da palavra, expressão ou enunciado, e o conotativo, que é o sentido figurado da palavra, expressão ou enunciado.
Vejamos mais detalhadamente cada um deles:
DENOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos assuntos, como é o caso da reportagem, editorial, artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata, memorando, receita, manual de instrução, bula de remédios, entre outros. Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.
Exemplos:
A professora pediu aos alunos que pegassem o caderno de Geografia.
A polícia capturou os três detentos que haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do Céu.
O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto para a fabricação de chás terapêuticos a partir das suas flores.
Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
CONOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões, ressignificando-as.
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes.
Exemplo:
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luís Vaz de Camões, séc. XVI)
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
Ano letivo de 2020 começou. Vamos estudar português!
Olá, caros estudantes da Língua Portuguesa, sejam bem-vindos a mais esse espaço de estudo e discussão. Esse é um ambiente onde você encontrará conteúdos relacionados ao que está sendo estudado em sala de aula. Disponibilizaremos também podcast para que você possa ouvir e opinar sobre os temas abordados.
Ao lado da Aba PAGINA INICIAL, vocês encontrarão também os Guias de Aprendizagem de sua série. Lembramos que esses são os mesmos Guias expostos em sala de aula. Estamos muito felizes de tê-los aqui. Que o ano letivo de 2020 possa ser de muito aprendizado!